Uma semana difícil
Continuarei devendo postagem sobre o primeiro dia de aula da minha filha. Estou ainda refletindo um pouco sobre a semana passada para tentar chegar à alguma conclusão qualquer, porém positiva e que me traga um certo amadurecimento como esposa, como mãe, como filha e como mulher. Foi uma semana estressante.
Muitas coisas difícieis acontecendo ao mesmo tempo nos amadurece as forças ainda intocadas dentro da gente. E ao mesmo tempo levanta também questionamentos, revisões, que queria eu poder pulá-las nesses momentos. Apesar desse meu querer tão forte, por experiência já sei ser impossível. Tenho mesmo que lidar com esse meu ostracismo. Ostracismo ao medo que preciso evitar para só assim deixar que o medo venha e se vá.
Bons planos e boas vitórias se misturam às vezes com dificuldades inesperadas. Não sou eu uma mulher tão forte quanto gostaria e quando há angústia, preocupação e tristeza, tudo misturado, quase tenho um 'treco'. E treco poderá ser definido com qualquer intenção, desde que lembrem-se que por sorte nunca o conheci verdadeiramente.
Foi assim. Depois de um ótimo sábado, com passeios e amigos em casa, recebi a notícia de que minha vó, mãe do meu pai, havia falecido. A passagem sempre me assustará, é algo difícil de lidar porque a existência perde seu sentido. E por mais que digam que isso é só para os ocidentais, não acredito, pois tenho minhas esperanças nas boas crenças, principalmente das que focam em continuidade. E ainda assim me pego cheia de questionamentos e tristezas com a partida dela e com a de meus avós maternos, há 7 anos. Não há como não relembrar e misturar tudo. Não fosse meu marido ter se levantado mal nesse dia e não ter condição alguma de dirigir, teríamos encarado as quase 4 horas de estrada para ficarmos ao lado do meu pai nesse momento. E não fosse pela minha inquietude em deixar sozinho meu marido e minha filha, teria ido de carona com minhas visitas que de lá eram. Dou graças à Deus que fiquei, pois a noite de domingo foi bem difícil. Meu marido teve febre alta que não baixava com remédios. Foram necessários banhos gelados, mas não adiantou muito. Chegou a segunda-feira e era o primeiro dia de aula de Sofia. Meu marido, mesmo bastante febril, foi trabalhar, pois "é preciso". E aí que é difícil dizer que preocupação me corroeu mais. Se minha filha na escola e minha primeira tarde solitária ou se meu marido passando mal. Quanto à minha filha, sabia que ela estava feliz (depois farei postagem contando como foi saudável mais esse 'desmame'), quanto a meu marido, a agonia tomava conta de mim.
E, de novo, agradeci a Deus por termos aqui bons amigos. Um deles acompanhou meu marido à noite ao pronto socorro, mas de novo, nem mesmo o médico ou os exames apontaram o porquê da febre e o corpo dolorido. Isso só soubemos dois dias depois, quando ele acordou com bolhas de água por todo o corpo e rosto. Era catapora. Na verdade, é catapora.
Aproveito o fato, pro alerta: 90% da população adulta é imune à catapora. 10%, em cujo percentual estava meu marido, não é. Os sintomas em adulto são terríveis e por causa das possíveis evoluções do vírus é considerada uma doença grave. Mas há vacina e toda criança a partir de 1 ano e principalmente adultos que nunca tiveram catapora deveriam se vacinar.
Minha filha foi vacinada, mas mesmo a vacina não é 100% eficaz. Ela foi vacinada, mas 'pegou' catapora. Isso, porém, só soubemos depois do diagnóstico de catapora em meu marido. Foi aí que lembramos das tais bolhinhas de água que apareceram na barriguinha dela há algumas semanas e que secaram rapidinho. Ele pegou dela, rs, mas com uma diferença incrível de sintomas. Mas "companheiro é companheiro"... Acho que essa frase define bem nossa família, afinal. Quem quiser saber mais da catapora (varicela), clica aqui neste ótimo artigo: http://www.cives.ufrj.br/informacao/varicela/var-iv.html
E como companheiros que somos aqui em casa, tive que encarar dirigir sozinha nossa ida (e também volta de lá no domingo) à terrinha da gente no dia em que a catapora deu as caras. O atendimento médico por lá é bem mais fácil pra gente, já que temos meu pai e um grande amigo nosso. Por aqui ainda não conhecemos ninguém e somos 'barrados' pela agenda ou pela secretária de todos. Urgência só na fila do pronto socorro. mesmo. A questão é que nunca tinha dirigido distância tão grande sozinha e afinal foi bom encarar isso e ver que foi tranquilo tanto a ida quanto a volta.
E tudo está querendo voltar ao normal agora. Voltamos pra casa, meu marido continua por prescrição médica de repouso. Nossa filha voltou feliz à escola, depois de faltar 3 dias consecutivos. E eu estou nessa confusão de reflexão. No final das contas, sei que amadureci um monte em apenas uma semana, mas ainda tenho que lidar com algumas questões internas. Mas quem não tem, né?
7 comments
Oi Talita, é assim mesmo, parece que de repente tudo acontece ao mesmo tempo, mas arramjanmos força não sei daonde, né? Ainda bem que tudo deu certo, a tempestade passou. Beijocas pra ti e uma ótm semana.
ResponderExcluirOI Talita, meus sentimentos pela sua perda. Pois é, vc deve ter tido tanta correria que nem deu pra "sentir" mesmo o que aconteceu não é? Acho linda essa união da sua família, estão de parabéns. Que seu marido melhore, e que vc descanse um pouco de todo este stress que passou viu?
ResponderExcluirbeijos se precisar .... to sempre por aqui :)
Oi querida, que neste momento Deus te dê entendimento, e também que ele te dê força, tanto pra ti quanto pros teus familiares..
ResponderExcluirBeijinhos, e uma semana agradavel pra ti!
olá Talita,
ResponderExcluirsabe de uma primeira coisa vc é muito nova para tantos conflitos ainda ontem escutei uma entrevista com o jogador KAKA onde ele fala que agora na sua volta quer ser diferente mais otimista com ele mesmo, pois então viva a cada dia e curta a SOFIA seu lar e não queira tanta explicaçao da vida ela passa rápido demais ,
forte abraço
elisa
Seja positivisra que acaba dando tudo certo, dia dificil hoje, dia melhor amanha... bju... Te espero no Change Feelings
ResponderExcluirOi, Talita!
ResponderExcluirSeja forte, Deus está contigo todo tempo mesmo que não percebas na hora. Tudo serve como amadurecimento, pois a Sagrada Escritura nos diz que "todas as coisas concorrem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus" (Romanos 08:28).
De cara percebo duas coisas positivas na tua narrativa: a Sofia passou pela crise do primeiro dia de aula sem dar mto trabalho, e vc superou a barreira de dirigir longas distâncias sozinha... e ainda tem o lado bom da catapora do seu esposo: se a doença viesse em outra época da vida, talvez quando você estivesse trabalhando fora de casa, imagine sua agonia por não poder se dedicar a ele como ele precisava!
Você é uma guerreira! Agora um sorriso bem bonito! Isso!
Venha com mais histórias (e vitórias) assim!
Fica bem!!!
Oi, Cristina,
ResponderExcluirMuito obrigada pelo carinho. A tempestade passou sim e os sentimentos já entram nos eixos, obrigada.
Oi, Dri,
Você sempre muito querida.
Obrigada! Está tudo bem agora.
Oi, Pink,
Muito obrigada! Tudo está voltando ao normal agora.
Oi, Maysa,
Realmente acho que você me deu um grande toque. Vou seguir seu conselho sim, obrigada.
Oi, Alessandra,
Adoro escrever pra relaxar e ter um retorno tão bom assim, me ajuda demais, obrigada pelo recadinho.
Ana,
Que palavras incríveis...
Realmente tudo aconteceu na hora certa e não só uma, mas várias conclusões positivas tirei disso. E adorei suas palavras, valeram demais. As coisas estão voltando ao normal agora e estou feliz por ter recebido tanto carinho por essa postagem.
Beijos em todas e obrigada,
Talita.
Beijos,
Talita.
Temos o poder de escolher fazer com amor, todo dia! Por favor, entre em contato comigo através do canal YouTube.com/@talitacavalcante