Infelizmente, como nem eu e nem eles conseguiram tal intento, precisei aprender a deixar tais sons transitarem entre mim e meu rebento.

E esses sons, ora agudos, ora graves, tiveram que ser acolhidos. E entre lágrimas de amor, algumas, inevitavelmente, foram de dor pelo infortúnio dos gritos e, como que numa homenagem ao ciclo vital que tudo envolve, a dor que antes nos incomodava, fez sua dança e incrustou no piso de pedra antigo por minhas águas que não cumpriram a curva de minhas bochechas. E como presente, pelo recomeço de tudo, o sol adentrou o quarto e tudo então que pudemos sentir ensinei ao meu filho se chamar tranquilidade. E esse sentimento, meu filho, disse eu, é a união das contradições que vivemos. Se fores esforçado como sei que tem capacidade de sê-lo, conseguirá conforto mesmo num ambiente assim sofrido. Aqui está nosso mundo: frio e belo, cru e rico, mau e também bom, com todas suas ambivalências que nos permitem nos moldar humanos perfectíveis mesmo com nossos destinos genéticos.