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O medo de escrever sobre o lado feio de toda história

by - julho 09, 2010

Quantas linhas eu escrevo e quantas linhas eu apago!
Se consigo imprimir um texto, isso sim é um grande feito,
Pois na linha que venho seguindo, letras poucas não cabem.
Também em excesso o processo trava e o branco vem feito riacho.
Apaga até mesmo a prévia pensada.

Já tentou se expressar sobre o ponto que lhe é tão singular?
O meu muitas vezes é esse
Que chega, me faz sorrir, mas depois desaparece.
Como se um pó de Pirlimpimpim chegasse pra me afetar.
O afetamento chega, propõe acordo, mas não dá tempo de resposta.
Põe sua fala e parte, deixando apenas a sentença.

E essa? Em que ajuda? Cadê a fala?
Foi-se como que num embarque de trem.
10 minutos pra decidir.
Se desistir depois, não dá mais.
Dificilmente o 'manda chuva' alí vai permitir.

Quem é que gosta de arrependimentos?
Quem é que tem tempo pra eles?
Hoje as coisas são pensamento e ato imediatos.
E a vida ajuda alguns e dificulta pra outros.
Comum. Acho que tem a ver com as escolhas que fizeram todos na infância, puberdade, maturidade.
Tudo continua com suas consequências.
E enquanto uns vivem o merecimento,
Outros ainda desprezam a labuta.
Por isso o segundo estilo é mais difícil de aceitar as regras...
E então, por consequência, recebem também menos prêmios.

Acho que por isso muitas vezes apago tantas linhas.
Consigo ler e traduzir um olhar, mas como nem todos são belos,
Escrever sobre os feios dá medo e dá dó. Acabo desistindo.
Se persisto, é vitória. Sai coisa boa que trás glórias.
Mas mesmo assim, nem sempre terei a coragem porque a feiura de alguns atos,
Me abalam além das páginas fechadas, escritas e bem pontuadas.

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