Esse é o tipo de filme que não tem como abandoná-lo, por mais que se chegue ao final dele com a conclusão de que não gostou tanto. A história de 'Sem limites' é boa. Imagine você uma droga que te faça aproveitar 100% do seu cérebro. Você que já é bem inteligente, há de ficar 'fodão', 'fodona', com o perdão das palavras. Com muita inteligência, vem junto muito dinheiro e motivos brilhantemente interessantes pra ser mais feliz a maior parte do tempo. Mas aí a droga perde seu efeito e você volta à sua capacidade comum que até você experimentar a tal droga, não pensava ser tão baixa. Desespero. Todos nós sabemos mais ou menos como é ter que abrir mão de algum conforto que já experimentou e queria ter sempre, mas tem que abrir mão. No personagem do filme surge uma loucura parecida com esse sentimento. Ele não quer mais deixar de ser tão inteligente e a droga vence. E como toda droga, que é uma droga, a vida fica em jogo, tem seus milhares de poréns e mesmo assim o personagem quer por que quer (bate o pé), continuar vivendo à mercê da tal droga, pois afinal, ele descobre-se um coitado, fracassado e burro sem ela. Que coisa tola, não acham? E o filme termina bem à mercê da tolice. Nesse o mocinho não vence, mas incrivelmente também não é vencido e só por isso não dou muitas estrelinhas pra essa história, porque eu gosto que o filme feche com uma conclusão qualquer, mesmo que eu não concorde com ela. Nesse a conclusão é nossa. Sobre a droga, eu tenho minhas opiniões certas, sobre o filme, porém, fiquei sem tanta clareza assim.