'P' porque podemos - POESIA
COLUNA DA AUTORA - POESIA
Quantos cadernos, canetas e livros!
Quanto assunto a ser escrito!
Por vezes perco-me nesse ninho.
Pareço braquicárdica de tão emaranhada.
Algo me prende aqui, agora já me interesso mais por isso ali.
O que faço em meio ao desespero todo?
Amor a que?
Apego-me à letra c.
C de calma.
De classe.
De compasso.
E de cadência.
Vou à praça da regência
E lá me inspiro
Pro papel vazio preencher.
E cá estou.
Volto ao ritmo.
Sou eu de novo.
Reconheço-me.
E não é que o segredo é mesmo esse?
Não fugir do EU, do nós, do espelho?
Nosso caminho não é ditado
Preciso da ciência e não da crença.
Quero crescer ampliando o que conheço
Quero aprender o que sei que nada sei
Quero ser um ser de mais bom senso
Questionando o bom e também o senso
Meu ninho é esse mesmo.
Preciso apenas continuar trazendo-lhe lenha.
Que na dificuldade, eu aprenda sobre a paciência
E que na produtividade, eu aprenda sobre prudência.
Termino aqui tais palavras
Buscadas no vazio necessário da alma
Alma de escolhas, de consciência, de perpetuações.
Termino com p, portanto.
Ponho-me de pé
Perpetuando o pensamento
Passível de pompa
Possível de ponderações
Porém, pensamento.
Porque pensamos, portanto podemos.
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