Dizer não requer reflexões
O 'não' dito ao filho não pode doer, pois é essencial em qualquer educação. Porém o 'não' precisa ser bem usado. Ele não deve ser dito com dó do filho, mas dito com a certeza de que é importante para ele.
Mas como ter certeza de que não estamos errando ao dizer-lhes 'não'?
É preciso refletirmos sobre o porquê do não, sobre as reais consequências caso disséssemos sim. E, claro, sobre o motivo que leva o filho a querer algo que normalmente proibimos. Tudo requer reavaliações e reflexões novas. A saída correta é a conversa.
Quado o não é realmente necessário e dito de maneira que nosso filho entenda a razão dele e suas consequências positivas, o 'não' só acrescenta.
Mas, se usado em vão, dito a todo instante, podando atitudes que deveriam ser incentivadas, o 'não' machuca de verdade, provoca fortes consequências negativas na vida futura dos nossos filhos e também nas nossas.
É fato que qualquer de nós pais já errou com 'nãos' equivocados. E ainda erraremos!
Mas também é fato que é preciso refletirmos bastante, tanto antes, quanto depois de dizermos um 'não'. Precisamos analisar sua relevância. É assim que aprendemos todos juntos, pais e filhos, pelo caminho mais correto a ser seguido.
Nenhum 'não' deve ser dito simplesmente porque o pai manda e o filho obedece. Dessa forma, pais ensinam seus filhos a terem medo deles, a esconderem fatos. Nisso, pais se enganam em achar que conhecem seus filhos.
O não é algo delicado e por isso necessita de reflexões contínuas.
Criar uma regra dura, sem permitir que seu filho argumente a favor do contrário, é como dizer um não eterno e isso gera insatisfação e, por vezes, sentimento de inferioridade. E não é isso que queremos para nossos filhos.
Filho, isso não pode porque gera problemas demais. Vamos entender esses problemas...
Conversas aprofundadas são essenciais no momento do não. O não sempre será necessário e precisamos fazer nossos filhos admirar as vantagens de não agirmos de algum modo.
Mas quando o 'não' é dado sem relevância real, quando o filho só consegue enxergar vantagens, ou seja, quando o que é colocado pelos pais como consequência ruim não é nada de ruim aos olhos dos filhos, é preciso refletir todos juntos a respeito. É preciso que os pais deixem seu filho argumentar a favor do que quer. É preciso que nós pais reavaliemos a situação e a imposição do não tanto para chegarmos à conclusão de que estamos exagerando em proibir algo que não tem consequências ruins, como também para concluirmos que devemos reforçar nosso não dizendo ao filho o que de ruim aconteceria caso ele faça o contrário, seja não comendo algo, seja sendo levado a fumar ou a se drogar. Não importa a dimensão do caos gerado, é preciso que sejamos sempre coerentes em mostrar aos nossos filhos que o não tem consequências.
Mas são as consequências que devem ser reavaliadas.
Essas consequências realmente prejudicam meu filho ou estou sendo protetiva em excesso?
Essas consequências causam mesmo algum mau ao meu filho ou a alguém?
Essas consequências são mesmo prejudiciais ou de alguma forma elas são necessárias para o amadurecimento do meu filho?
Assim chegamos a boas conclusões e ganhamos segurança para dizer 'não' na hora certa e 'sim' em mais momentos, de preferência.
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