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Corruptos mentirosos ou apenas humanos animalescos?

by - maio 26, 2017

Foto: Pixabay

O ser humano da nossa espécie é um ser inteligente. Porém, em termos biológicos, somos animais como são os chimpanzés. Temos até um parentesco em comum, datado de 6 milhões de anos atrás. Os chimpanzés são capazes de mentir para conseguirem o alimento do outro. Por vezes gritam 'Olha lá um leão!' e lá se vão todos do bando, abandonando a comida recém conquistada. A posse dessa fica para o mentiroso.

Mentir trás inúmeras vantagens. Nós, seres sábios, sabemos melhor que os chimpanzés, usar de mentiras para benefícios próprios. Mentir é ser desonesto, pois não dá pra ser honesto mentindo, independente de qual seja sua intenção com a mentira. Portanto, todos nós seres humanos conhecemos um pouco dessa tal desonestidade. O que não é comum a todos é gostar e se vangloriar de suas conquistas desonestas. Muitos de nós, numa primeira tentativa de usar a mentira para conseguir algo ou não perder algo, sentem imediatamente o arrependimento. E um sinal de quem não é honesto é o fato desse dizer a todos os cantos que é a pessoa mais honesta do planeta. Mentir fica fácil para os acostumados à desonestidade. Porém, a mentira, tem mesmo perna curta, afinal ela é uma invenção da nossa sagaz inteligência que apesar de superior à de qualquer outro animal, é invariavelmente passada pra trás por instintos tão animais e arcaicos como dos demais gêneros que conosco convivem ou conviveram, pois temos fome, estamos em busca de prazeres e somos os mentirosos mais complexos que existem, ou seja, uma hora, essa tal complexidade nos entrega. Querendo defendermo-nos com mais mentiras, nos enrolamos numa delas. E quão temos comprovado isso com os discursos de defesa dos nossos políticos mentirosos, digo, desonestos, digo, humanamente animais.

Somos a causa de todo o caos que vivemos! Somos um bando de animais perdidos em suas complexas vontades, sempre se auto-perdoando por mentirinhas proferidas, esquecendo-nos que essas são a prova de que podemos ser tão corruptos quanto nosso poder nos permite. Se pequenos, nossa corrupção parece merecer mais indultos que dos grandes poderosos, mas até para esses muitos de nós arrumam desculpas em perdão deles, afinal, todos fazem isso, afinal, eles tem que se defender de bandidos piores, afinal, o caos está instalado há muito tempo. A grande verdade, porém, é aquela que fazemos questão de ignorar: somos animais e precisamos lidar com isso, melhorando e não piorando ou aceitando nossa condição animalesca e pitoresca.

Precisamos evoluir além dos nossos instintos animais. Se somos todos animais e se nosso diferencial dos demais gêneros é mesmo a nossa capacidade de ficção, de mentir floreadamente, ou seja, enquanto um chimpanzé conta aos demais do bando que viu um leão, nós contamos que vimos um leão carregado de poderes de um deus, que estava a devorar tudo e todos que via pela frente, próximo de onde crescem as bananeiras. Nós mentimos mais complexamente, inteligentemente, a fim de conseguirmos a atenção, o poder e a admiração dos demais do nosso bando ou apenas os frutos das bananeiras. Cada um com sua ambição!

E são nossas ambições que devemos ponderar. Devemos evitar custos destrutivos a outros, devemos nos monitorar a fazer melhor que simples animais. Animais que não somos são facilmente corruptíveis. Precisamos nos diferenciar deles, agindo melhor, com controle sobre nossas ambições, desejos e ações. Quem acha normal estacionar em local proibido porque é rapidinho não está nem aí para controlar seus instintos animais em que interesses pessoais se sobrepõem aos interesses conjuntos. Para tratarmos e melhorarmos o caos em que nos instalamos, precisamos começar a nos organizar individualmente. Nós sabemos o que é melhor para todos, mas insistimos em agir em benefícios próprios. Nós humanos somos todos responsáveis pelas palhaçadas dos políticos, pela educação que receberam em casa, pelo perdão que concedemos aos pequenos delitos, a tudo que fazemos para 'amenizar' em lugar de eliminar ou resolver.

Há muito que ser mudado, mas precisamos começar internamente. Não dá pra estacionar na frente de uma garagem porque é rapidinho porque alguém ali pode precisar sair para levar uma gestante ao hospital ou coisa ainda mais urgente naquele mesmo instante 'rapidinho'. Não podemos jogar água na nossa janela se há apartamentos abaixo do nosso, pois importa muito cuidar para que não atrapalhemos a vida dos nossos vizinhos. Por pequena que seja, importa muito cada ação que fazemos que afeta o outro. As regras de convivência poderiam até ser esquecidas se todos estivessem unidos em quererem fazer melhor. Tentar jogar sempre a culpa no outro, no governo, na escola é fácil, mas preserva assim todos os erros, pois continuará com essas justificativas errando quem as usa.

É perigoso que nossa próxima revolução seja de nossa própria aniquilação, pois queremos nos dar bem demais acima de nós mesmos. Há sempre alguém para culpar, mas e nós mesmos? Quem seremos nós adiante se insistirmos em não avaliarmos o que nós estamos fazendo para colaborar com o todo? E para que caminhamos? Só poderemos mais em conjunto. Sozinhos somos fracotes animais. Juntos já fizemos enormes besteiras, mas também tivemos conquistas positivas. Temos o poder para as duas coisas. Basta escolhermos entre agirmos para benefício próprio ou agirmos para benefício de uma organização humana que funcione. Que tal interrompermos esse caos?



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2 comments

  1. Talita, está tudo tão errado, que me falta esperança
    um beijo

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  2. @Dea OI, Oi, Dea!!! Eu ainda sou otimista, acredita? Rsss. Mas sei que depende de nós

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