A vida, gigantescamente maior
Sabe quando olhamos pela janela e, apesar de ver a mesma paisagem, ela nos parece de alguma maneira diferente? Ficamos ali a contemplá-la, descobrindo minuciosidades antes não percebidas. Poderíamos querer esse olhar todos os dias. É com esse olhar que nos permitimos enxergar além da paisagem corriqueira. É com esse olhar que sorriríamos fora de hora, fora do comum, fora do programado.
Porém, não tendemos a gostar do que está fora da programação. Tendemos a gostar do nosso humor estável, seguro, sem surpresas. Por que será, não é? Por que não nos permitimos nos surpreender mais vezes, nos encantar pelo novo mais vezes? Temos medo de que o novo se acabe? Ah! Se fosse isso seria mais fácil praticarmos mudanças positivas em nossas vidas.
Acontece que o novo nos apavora porque não temos respostas prontas para ele. E sem respostas prontas, não nos sentimos no comando. Evitamos mudança por medo de nos revelarmos sem poder que o conhecimento que já temos nos permite expressar com segurança.
Um fator triste nisso tudo é que ao evitarmos o novo, porque seria assumir que somos ignorantes a respeito, fazemos algo decisivo para uma vida pobre de novos conhecimentos: escolhemos continuar com os conhecimentos de sempre, rejeitando os novos, brigando com quem nos tenta oferecê-los, mesmo que com carinho. Continuamos ignorantes. Morremos, ao fim, sem nos encantar com mais nada além de nós mesmos. Ainda bem que, dessa forma, não se descobre, mesmo à beira morte, que a vida é gigantescamente maior do que se pôde conhecê-la.
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