Cozinhar é ato de amor possível
Há duas vertentes que dividem bem as pessoas: a das que cozinham e a das que não cozinham.
E como estou na vertente que cozinha, que inclusive gosta de cozinhar, muito já refleti a respeito das pessoas que não cozinham ou que cozinham por obrigação, detestando o ato.
O fato é que cozinhar não é fácil pra ninguém, afinal, estamos falando do ato de transformar um produto (de preferência in natura) em um alimento gostoso, num prato que vai agradar a quem come.
Não sou radical em minhas opiniões. Pelo menos procuro não ser e não envolver preconceitos. E quando precisamos falar de cozinha, precisamos também levar em consideração tantas variáveis!
Eu, por exemplo, sempre ajudei minha avó e minha mãe a cozinharem, mas nunca tinha cozinhado nada sozinha até ir morar sozinha. O nosso entorno influencia nossas atitudes.
Conheço histórias de mães cozinheiras que nunca ensinaram seus filhos a cozinharem. Algumas, inclusive, os proibia de entrar na cozinha! Filhas e filhos de mulheres cozinheiras que foram educados a não cozinharem.
Alguns passam a questionar e se interessarem assim mesmo. Outros aceitam isso para si ou adotam discursos sobre essa ser uma função 'diminuída'.
A grande verdade sobre cozinhar é que esse é um ato de amor possível, ou seja, nem sempre terá amor, mas SEMPRE é possível de nele existir amor. É uma escolha que fazemos. E cozinhar nos ensina sobre amor como um todo.
Tudo está nas nossas cabeças. Colocamos amor se quisermos colocar, onde quer que seja!
Mas é claro que em diversas situações, oferecer amor sem receber é difícil. É necessário, para isso, ser muito evoluído.
E o ato de cozinhar nos ensina muito e nos permite evoluir a esse ponto, sabia?
Querer se esforçar para cozinhar algo gostoso e saudável para o outro é um dos atos de amor mais grandiosos que existem.
Sou muito incentivadora a que todos tentem uma vez que seja. Que entrem na cozinha e que se deixem descobrir a liberdade e o encantamento que existe ali.
E se se é mãe ou se se é pai, acho que cozinhar se faz necessário. É ato possível e CRUCIAL.
Um pai e uma mãe precisam aprender a preparar alimentos saudáveis para seus filhos. Não há outra maneira de aprender a grandiosidade desse ato se não o praticando.
Nós somos livres para escolhermos qual alimento ingerirmos e qual alimento oferecermos para nossos filhos. E oferecer o melhor é um presente que qualquer mãe e qualquer pai pode fazer por seus pequenos.
Tratar o alimento com respeito e encantamento faz o mundo ser mais amoroso, ser mais gostoso de ser vivido, acredite!
E cozinhar é caminho importante nesse aprendizado.
Há sim pessoas que passarão pela vida sem nunca colaborarem em uma cozinha, mas é uma grande pena isso, pois adotam uma crença que os limita a descobrir o amor que pode haver ali.
Na cozinha há muito amor possível, mas é preciso vencer 'crenças limitadoras', vencer medos, vencer preconceitos.
Sou super a favor que você, algum dia, deixe seu discurso de 'não sei' ou 'não gosto' ou mesmo 'Deus me livre' e arrisque-se! Ligue o fogão e comece grelhando no azeite pimentões vermelhos e pimentões amarelos fatiados finos, temperando com sal e pimenta moída na hora, deixando reduzirem e dourarem de todos os lados. Sirva em seguida sobre seu pão favorito, mas antes, fatie o pão e passe-o na panela antiaderente com azeite ou manteiga até criarem uma cor e crocância especiais de cada lado!
Está feita a mágica! O amor vai apossar-se de você e de quem mais te rodear! Vem pra turma dos que cozinham! Um mundo novo vai te encantar!
Saiba que todo sábado, sai textos como esse aqui no blog. Essa é minha coluna semanal e espero que possamos refletir juntos. Sua colaboração com comentários é muito bem-vinda!
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Lembre-se que ninguém está salvo de cometer erros. O importante é podermos discutir ideias, opiniões e tocarmos em assuntos importantes para que possamos aprender e evoluir JUNTOS! Só não muda de ideia quem não quer ser uma pessoa melhor!
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