É quase uma questão de sobrevivência do nosso bom humor e alegria interior, fazer coisas que nos acalentem e agradem em meio a esse peculiar momento mundial que vivemos.

Quando imaginaríamos sermos privados de tanto?
E quanta falta nos fazem as pessoas, os amigos!

E tantos encontram-se sozinhos nesse momento.
Tão triste isso e, portanto, não podemos deixar de olhar para coisas boas e aceitá-las em nossas vidas, mesmo sentindo tanto por situações menos privilegiadas de outros.

Não queremos que o pior aconteça.
E cuidamos, tomamos nossos cuidados.
E, podendo, escolhemos ficar em casa.

Mas o que eu tenho feito para não deixar o medo do pior tomar conta?
Tenho feito coisas que amo:
- Dar total atenção ao meu filho em seu dever de casa e rir com ele; dar uma aula sobre fotossíntese com entrega total, para que nosso tempo junto seja incrível.
- Deixar minha filha me maquiar e me pentear e ficar igual uma boneca dia inteiro.
- Falar em inglês com as crianças;
- Cozinhar com meu marido e com ele tomar um bom vinho, criando pra gente diversos momentos diários com alegria, fantasia, realidade...
- Escrever antes do sol nascer
- Meditar
- Aguar as plantas
- Dançar enquanto arrumo a casa.

Sempre amei ficar em casa com as pessoas que mais amo e, nesse momento, ressignificamos o uso da mesa da sala de jantar, a forma de limpar a casa, a colaboração nas atividades, a função da música na casa; a maneira que consumimos, a maneira que olhamos para o outro, entre tantas outras questões que nos acrescentam muitos aprendizados comuns.

Estamos em 'mutação'. "Mâe! O que é mutação?" perguntou-me meu filho hoje.
"É transformação!", eu disse...
Mas ainda estou aqui achando que é muito mais do que isso...

Depois de tudo isso 'sentiremos' exatamente o que mutação é.