Vou confessar algo hoje.
Quando escrevo, estou em busca de felicidade única, obtida por mim frente a uma tela ou um caderno.
É a felicidade vivida solitariamente, quando finalmente encontro palavras boas umas para as outras.
Não é fácil, veja! Palavras em um texto são como gente e, para darem certo juntas, é preciso esforço de quem isso pretende.
Não dá para simplesmente juntar água e dentes. É preciso cuidado, forma no dito pra ser entendido e dar tudo certo. Depois do meu momento de meditação, em seguida ao esplendor de cores apreciadas por mim no céu das seis, lanço mão de água ao rosto e com ela também bochecho para, finalmente, com aquela sensação de dentes frescos, sentir-me como a brisa da manhã, preparada para assentar-me onde estou agora e escrever.
O frescor do ato prévio realmente me ajuda a dar vida ao que ainda sequer pensava ter sua existência demandada.
Esse é o texto que me traz alegria, que brota de meus dedos para revelar-se vivo!
Sinta meus batimentos cardíacos!
Te digo: é mesmo felicidade!