À postos, em fila. Lá vem o trem. Trem? Um caminhãozinho que puxa um vagão de passageiros, vagão de rodas, de estrada. Ah! Trem! Trenzinho, chamam-no carinhosamente. E lá vamos todos ao nhec-nhec em sacolejo. As crianças se divertem com isso, os pais ficam atentos: nada de menino pular alto, um risco! Não há cinto de segurança. A paisagem ao lado é magnífica. Fica o vento no rosto nos trazendo bons motivos pra sorrir. Lagoa imensa, quem se arriscaria a dizer que passamos por um momento de falta de água doce? Mas logo vemos que da nascente pouca água brota. "Não está como antes', diz o morador.

Nada é como antes, eu também diria. Não sou eu, não é você que conheci agora. Somos mutantes. E hoje, mudando de lugar, de espaço, de clima, de momento, sou mais feliz por causa disso ou mais cansada também. Nem sempre podemos escolher, mas aqui estou pra aproveitar. Se no trabalho, faço o melhor, no descanso, farei o mesmo, tenha dó!

E você que trabalha feliz em me atender, muito obrigada! Soube agora há pouco que num desses 12 quartos do hotel se hospedou um famoso cantor internacional, é verdade?

Fico aqui pensando que foi no quarto de número 7. Ali mesmo onde ficamos eu, meu marido e nossos filhos pequenos. Com toda certeza o Paul se divertiu. Nós também!

Vai saber? Você que ainda procura pela pessoa amada... vai saber se por várias e várias vezes já se cruzaram? Ainda não foi momento, mas esse chegará, acredite!

Quando saio em férias com meu marido sempre relembro dos nossos primeiros passos lado a lado. O primeiro olhar, o primeiro cumprimento, a primeira mão dada para, enfim, o primeiro beijo. Magia existe. Eu já a vivi e a vivo aos montes. E quero vivê-la outras várias... Com ele!

A vida é isso de encontros. Parar e conversar, conhecer um pouco do outro. Olha esse casal simpático, informado, vivido e emblemático no que se refere a falar do amor, de filhos, da história do país em que vivem, da vida! Eles são Hélio e Maria Helena, casados e pais de 6 filhos, cada um com sua história, fazendo novas! 10 netos, imaginem! Que família grande eles tem! Isso é ótimo. E, conversados, colegas de hotel naqueles dias, estavam curtindo uma estada presenteada pela TV Globo. Presente para Maria Helena que ganhou um concurso 'Minha receita, minha história' do programa Terra de Minas e apareceu na TV contando ela mesma sua história de amor com seu marido Hélio e dando a tal receita premiada que é uma torta de banana. Vamos assistir? Clica aqui. Reparamos na felicidade dos dois que deixada a rotina de lado, curtiam jantares românticos e a companhia de pessoas que nunca viram antes. Casal que pode nos inspirar sim! História linda, Maria Helena e Hélio! Foi ótimo conhecê-los!

Outra história interessante é a do Zé Maria (apelido... seu nome mesmo é Vilmar), padeiro, confeiteiro, cozinheiro do hotel em que ficamos. Conversado, simpático, conta que dá consultoria em casas de família ensinando receitas. E pra mim e pro meu marido, ele ensinou a de um croissant de requeijão de fazer qualquer um comer em demasia... ainda faço a receita dele e posto aqui no dona perfeitinha. Na verdade, farei sempre... só não achei pra comprar ainda a tal da manteiga... mas nada que uma ida à capital não resolva. E conversando, encontramos muitas coincidências... ele já trabalhou por 25 anos no Othon Palace em BH, onde meus pais sempre se hospedavam quando eu era criança... E, onde, anos depois já trabalhei em dois eventos. Tudo em épocas em que o Zé Maria trabalhava lá. Acho até que me lembro de uns croissants que tanto alguns colegas falavam a respeito e que deixei de comer, ô arrependimento! Rssss.... 

Quantas histórias podemos ouvir e quantas coisas aprender, em simples passeios, encontros, conversas com pessoas diferentes que encontramos por aí. A comida esteve boa, o papo melhor ainda, as crianças já aprendem desde cedo que histórias a gente não faz sozinho.

Te desejo hoje e amanhã histórias mil.

E a gente se vê e se lê aqui no dona perfeitinha.

Ahhhhh, claro.... O hotel: Águas do Treme, em Inhaúma, próximo a Sete Lagoas, em Minas Gerais. Lugar tranquilo, de gente que te atende com vários sorrisos...

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E a gente se vê e se lê!

Não sou alguém rebuscada, gosto do simples e elegante. Gosto da mistura de padrões novos e velhos e gosto de ambientes aconchegantes... gostei muito de Lá no São Jorge!

Essa cebola foi a diferenciação do prato. Interessante, né? Tive que perguntar pro chef como se faz... ele disse que é obra de um cortador coreano. Aguém conhece?

Gosto de fotografar tudo que acho diferente e em que podemos nos inspirar... que tal eliminar o jogo americano pros pratos e dar, em lugar, aos talheres?

Tudo que é feito pensando em surpreender e agradar o cliente tem minha admiração. Esse casal saiu de Brasília pra um pequeno arraial fazer a vida. Admirável e tomara, feliz escolha. A mim, cliente, voltando a Arraial D'Ajuda volta a ir Lá no São Jorge, sem dúvida!

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Essa companhia canadense arrasa! Realmente uma revolução na história do circo. Empregos pra artistas do mundo todo, com seus espetáculos fixos em algumas cidades do mundo e com seus espetáculos de turnês como o Varekai que chegou ao Brasil no final do ano passado e fica até julho deste ano, passando por 8 capitais brasileiras.

Neste final de semana, o espetáculo Varekai está em Belo Horizonte, MG, onde assisti com minha família no final de semana passado. Dia 23 estreia em Brasília; dia 30 de março em Recife e dia 03 de maio em Salvador (e acho que termina a turnê brasileira em julho em Porto Alegre). Mais informações aqui.

Interessante dizer que o espetáculo Varekai conta uma história baseada na lenda de Ícaro, um herói da mitologia grega que caiu no mar depois de tentar chegar perto demais do sol e esse derreter a cola/cera das asas que tinha criado para voar. Em Varekai, Ícaro também perde as asas, mas não tem um final tão triste. Ele cai em uma floresta mágica à beira de um vulcão onde moram seres incríveis. Há um cientista maluco que agrada com seu lado bajulador com sua encenação toda pontuada com motivações à platéia. Interessante também dizer que no Cirque du Soleil palhaço também não falta, porém, esses aqui não tem nariz vermelho, rs.

As acrobacias são incríveis, algumas muito arriscadas e perigosas que fazem do espetáculo grandioso. Vale dizer que todos os músicos do cirque estão ali também perto da platéia, apesar de camuflados, com seus instrumentos de sopro, corda, etc. Linda trilha sonora, linda apresentação.

Minha filha já queria voltar no dia seguinte, rs. Espero que em dois anos, eles venham de novo com um espetáculo tão ou mais especial que esse.

Viajar é muito bom e muito desse sentimento quase unânime se deve ao fato de que o novo agrada. E muitas vezes depois que conhecemos algo ou algum lugar que nos agradou demais, queremos voltar. O novo se torna familiar e querido e fica aquela saudade, aquele gostinho de quero mais.

E é esse gostinho de quero mais que faz com que eu, meu marido e nossa filha sempre que repetimos viagens ao litoral do Espírito Santo (o mais pertinho da gente aqui em Minas), queiramos também repetir um restaurante super simpático à beira-mar em Meaípe (distrito de Guarapari), ES, o 'Il Cantino'.

Il Cantino fica na rua principal de Meaípe, de frente para o mar. O salão tem decoração com itens trazidos diretamente da Itália por seus donos, o Sr. Pasquale e a Sra. Maria Rosa, quando, em 2001, aposentados, se mudaram de sua terra natal, a Itália, diretamente pra lá, encantados que ficaram com aquele lugar pacato. Inauguraram seu restaurante que funciona praticamente o ano todo com a cozinha ao comando de Dona Rosa que mantém um sotaque italiano bastante acentuado até hoje nos oferecendo mais da Itália do que a princípio poderíamos imaginar encontrar por lá. O Sr. Pasquale recebe os clientes com seu sorriso caloroso e conversa animada. 

Os donos são esses italianos simpáticos comigo na foto acima. Recebem tão calorosamente seus clientes que muitas fotinhas vão parar em molduras na parede e contadas em histórias boas de ouvir:

Muitos dos ingredientes são importados da Itália para que os pratos sejam os mais fidedignos possíveis à cozinha de lá. O manjericão é de plantação própria, de muda trazida do país de origem. Alguns pratos da casa que já tivemos o prazer de experimentar:

Pequenos detalhes do local, do sabor dos pratos e do calor humano dos donos desse restaurante italiano em pleno Espírito Santo onde a moqueca domina os pedidos de almoço e jantar, fazem com que seja ele ainda mais especial, principalmente para pessoas como eu que gosto do diferente e da mistura de culturas e nem tanto de moqueca, rs.  Os preços são justos, com pratos individuais que variam de 30 a 90 reais. A carta de vinhos tem cerca de 100 rótulos, incluindo garrafas pequenas de 375ml.

Quem for ao Espírito Santo, seja Iriri, Guarapari, Vitória e principalmente a quem se hospedar em Meaípe, vai gostar de uma visita ao Il Cantino e à agradável recepção de seus donos. Quem sabe um dia a gente até se esbarra por lá... esse é um lugarzinho que quero repetir com a família e os amigos sempre e sempre.

Sem as polemizações, já que o assunto pode deixar muitos desconfortáveis, já aviso: eu como foie gras, mas apenas aqueles de origem regulamentada, ou seja, de animais criados para consumo dentro das devidas normas (Ah! E apenas quando meu colesterol deixa...).

Para quem não sabe, foie gras é o fígado de pato ou de ganso que foi super alimentado (ou seja, que é mais gordinho que os outros) e por isso o fígado é mais amanteigado e saboroso do que se o animal tivesse sido alimentado normalmente.

A culinária francesa é mesmo especial e tem sabores encantadores... para quem já experimentou o foie gras sabe que esse é um deles.

Chez Bastião é um restaurante tradicionalíssimo e super agradável da Savassi em Belo Horizonte, MG (Rua Alagoas, 626):

E é onde experimentei esse belíssimo prato, com acompanhamento de risoto trufado. Trufas negras deram um complemento todo especial ao sabor do filé com foie gras... que estava perfeito.

Super indico o restaurante que tem atendimento simpático, música ao vivo no piano e sem tantas formalidades chatas. Pequeno, o restaurante é bem aconchegante e a comida, de culinária francesa, é mesmo especial. Pra quem não se arrisca com sabores mais exóticos, indico o estrogonofe de filé (ou boeuf stroganoff)... um pratinho quase brasileiro afinal, rs.

Lembram que eu contei aqui sobre a inauguração do aquário com peixes do rio São Francisco no zoológico de BH? Quando ainda não tinha ido, tudo que lia a respeito dizia ser o maior aquário de água doce do Brasil, mas depois de conhecer, sinceramente, achei tudo um pouco estranho. Primeiro que não é um único aquário como idealizei com as informações que lia. São vários pequenos e médios aquários. O maior deles é o mais interessante, mas também nem tanto assim, já que temos que manter certa distância e com o agravante do reflexo do vidro, não dá pra ver muito. Entendo perfeitamente como deve ser difícil tentar reproduzir o ambiente do rio São Francisco em aquários de vidro e ainda controlar as malcriações de alguns visitantes, mas esperava ver mais. Um volume maior de peixes, por exemplo. Pra se ter ideia da decepção que tive, só há um cascudo no local, em um aquário de cerca de dois metros quadrados. Ele é bonitinho e fica o tempo todo de lá pra cá sugando o vidro, mas achei que encontraria mais deles, pelo menos pra um fazer companhia pro outro, sei lá. Criticar é muito difícil, mas a minha crítica aqui se deve exclusivamente a achar que se não fosse o fato de dizerem que o aquário custou 5,5 milhões de reais, eu daria a ele nota 10, já que é um lugar divertido e bonito pra se visitar. Minha filha adorou o passeio. Mas já que sei que disseram terem gasto lá esse valor, acho que muito mais poderia ter sido feito. Ainda mais sabendo que a visitação gerará uma renda boa, provavelmente bem superior ao gasto com a manutenção.

Olhem só a fila pra entrar...

E nas laterais estão os aquários. Reparem na minha filha querendo ultrapassar a faixa, rs. Papai e mamãe atentos pra ensinar que não pode. O maior aquário de lá é esse mesmo da esquerda, para o qual está olhando minha filha. Acho que ele tem formato hexágono.

Esse é um aquário bem pequeno, tamanho de aquário que quem gosta tem em casa. Só peixinhos miúdos. Como não se pode tirar fotos com flash por lá na tentativa de amenizar os incômodos para os peixinhos, algumas fotos ficaram um pouquinho tremidas.

E é possível vê-los por cima onde fizeram uma ornamentação interessante, tendo até uma reprodução de uma casinha de sapé e barro. Legal, né? É o segundo andar, no topo de uma sequência de aquários. Gostei. Só torço para que ninguém jogue objetos para poluir os aquários. Tem gente que é bem capaz, né? Já que se fazem isso com a natureza de verdade, imaginem com um aquário!

Deixo claro que a visita vale a pena, minha crítica foi apenas direcionada em achar que com 5,5 milhões de reais, muito mais poderia ter sido feito, começando pelos banheiros que com pouco mais de um mês e meio de uso parecem bem antigos, sem estrutura para crianças, provavelmente problemáticos para cadeirantes, e ainda com aparência de sujo. Mas os peixinhos são lindos, gente! Tem os mais agitados, tem os quietinhos, tem os diferentes, tem os que já conhecemos de longa data por fazerem parte da nossa alimentação como carpas e tilápias, entre outros tantos que fazem da visita ao aquário bem divertida.